A fecundidade feminina vem sofrendo uma redução com o passar dos anos devido à idade materna, no momento da concepção. Nota-se que o sucesso da reprodução humana, seja espontaneamente de modo natural ou após a fertilização in vitro (FIV) depende em grande proporção da idade materna, em contrapartida a concepção em idade mais avançada vem aumentando progressivamente em todo o mundo.
Sabemos que o procedimento de FIV pode evoluir com um resultado insatisfatório, dependendo da adequabilidade de muitos fatores, onde o mais relevante seria a idade no momento da concepção. Torna-se fato que a fertilidade diminui à medida que a mulher envelhece, enquanto a incidência de aborto espontâneo e a prevalência de anomalias cromossômicas, ou seja, as chamadas aneuploidias tem uma tendência à progressão.
As principais razões para a redução do sucesso da FIV relacionada à idade incluem: a redução da reserva ovariana e a diminuição da qualidade ocitária e embrionária, devido ao impacto do envelhecimento.

Observamos no gráfico abaixo a relação de sucesso da FIV, alinhada a idade materna e as tentativas do procedimento.

Ressalta-se ainda, que as taxas de sucesso baseiam-se em suposições importantes: uma delas que a taxa de aneuploidia em blastocistos aumenta em 30% em mulheres com mais de 35 anos e 90% em mulheres com mais de 44 anos. 

Concluindo assim, que quanto maior a idade materna menores as chances de sucesso na FIV, entretanto quanto maior o número de tentativas maior a chance cumulativa de dar certo.

Atualmente, não existe terapia para combater a infertilidade em idade avançada, podemos apenas tentar limitar essa questão biológica e social com algumas opções. Dentre elas, a preservação da fertilidade por meio da criopreservação de oócitos, a maximização da reserva ovariana por meio de estimulação ovariana controlada personalizada, o aprimoramento da seleção de embriões por meio de testes genéticos pré-implantação e por fim a ovorecepção como uma alternativa eficaz e possível na luta contra o fator idade.