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Infertilidade Conjugal: Quando e como pesquisar?

A maternidade e a paternidade são aspectos valorizados na nossa cultura e constituem uma etapa importante na vida da maioria dos indivíduos e hoje impacta na construção de diversas composições familiares.

Para a maioria dos casais a dificuldade de efetivar o projeto de uma família implica em inúmeros questionamentos além de um impacto psicológico importante que por diversas vezes inibe a busca por uma avaliação especializada.

É relevante que o casal busque ajuda de um profissional e que passem a buscar informações para terem uma noção geral de quais exames direcionados prováveis devem ser realizados e qual direção tomar com toda essa nova realidade.

O primeiro passo é entender que o conceito de Infertilidade conjugal é diferente de acordo com a idade da mulher e que a busca por um especialista é indicada por essa definição.

A Infertilidade é definida pelo insucesso do casal em alcançar uma gestação, mesmo com vida sexual ativa em períodos de tempo direcionados pela idade feminina, como descrito abaixo:

  • até 34 anos: 1 ano de tentativas, sem gestação
  • Entre 35 e 39anos: 6 meses de tentativas, sem gestação
  • A partir de 40 anos: 3 meses de tentativas sem gestação

 

Nestes cenários a busca por uma avaliação especializada com um profissional de reprodução humana deve respeitar o tempo mínimo estabelecido, porém na presença de fatores adicionais que contribuem para baixa reserva ovariana principalmente, a busca por uma avaliação especializada mais precocemente pode estar indicada.

A Infertilidade deve ser sempre investigada no casal, pois a taxa de fatores masculinos e femininos contribuírem igualmente para as possíveis causas na dificuldade de engravidar. A avaliação do especialista em Reprodução Humana deve ter uma visão ampla através de entrevista completa e bem direcionada para aspecto gerais de saúde do casal, saúde sexual, controle de doenças crônicas, história genética familiar, hábitos e estilo de vida e planejamento reprodutivo ao longo da vida.

Neste contexto, alguns exames iniciais são imprescindíveis para uma primeira investigação pois contemplam a avaliação de etapas importantes da nossa fertilidade natural como a saúde das tubas uterinas e do sêmen, a reserva ovarina e as características uterinas.  Você sabe quais exames podem ser solicitados pelo seu médico?

Abaixo, temos alguns:

  • Espermograma: Importante para avaliar a quantidade e qualidade dos espermatozóides.
  • Dosagens hormonais, incluindo algumas em dias específicos do ciclo menstrual feminino: Importante para avaliar além da reserva ovariana os parâmetros hormonais que podem favorecer o mau funcionamento dos ovários.
  • Ultrassonografia transvaginal para contagem de folículos antrais: Fundamental na avaliação da reserva ovariana e deve ser realizado entre o 2° e o 5° dia do ciclo.
  • Estudo das tubas uterinas (Histerossonografia ou histerossalpingografia): Imprescindível para avaliar a funcionalidade das tubas, a forma e a expansibilidade da cavidade do útero.
  • Bioquímicos básicos e investigação de infecções sexualmente transmissíveis para confirmação do bom estado geral de saúde do casal.

Em algumas situações mais específicas e bem direcionadas é necessário ainda outros exames mais elaborados como:

  • Histeroscopia
  • Cariótipo
  • Avaliação de Fragmentação de DNA nos espermatozoides
  • Pesquisa de trombofilias hereditárias ou adquirida

O caminho trilhado pelo casal a partir dessa nova realidade na busca de sua família é desafiador e muitas vezes independente da causa vai chegar no ponto em comum das técnicas de Reprodução Humana Assistida.  Esse caminho pode ser mais leve conforme a abordagem diagnóstica bem direcionada pelo médico do casal, e para que essa relação seja mais interessante e proveitosa se munir de informações sobre este percurso faz parte de um processo saudável na direção do tão sonhado filho.

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