Todos sabemos que bons hábitos alimentares e de vida são fundamentais para uma boa saúde e prevenção de doenças, e na fertilidade não seria diferente. No entanto, ela pode ser decisiva na busca pelo bebê no colo, na longevidade dos futuros pais e no desenvolvimento e saúde do bebê. A alimentação é essencial e vital para a nossa existência. É através dela que obtemos os nutrientes necessários para os nossos processos biológicos e metabólicos, como a regulação hormonal e a produção de energia, que são essenciais para a maturação, gametogênese, fertilização e desenvolvimento do embrião, ou seja, para uma nova vida.
A nutrição e o estilo de vida têm grande impacto na reprodução e na infertilidade, pois são essenciais para certos processos, como a implantação, o crescimento placentário, a angiogênese e a transferência de nutrientes da mãe para o feto. Costumo dizer em minhas consultas que somos o que comemos, digerimos e absorvemos. Sendo assim, os fatores nutricionais desempenham um papel fundamental na determinação da saúde reprodutiva e podem influenciar positiva ou negativamente a fertilidade de homens e mulheres.
Ao contrário do que muitos pensam, não existem “super” alimentos ou suplementos para a fertilidade, assim como uma única dieta. O que existe e eu prezo muito em meus atendimentos é a individualização bioquímica e metabólica dos meus pacientes, planos alimentares flexíveis e personalizados para cada pessoa, tratamento, estilo de vida, região geográfica em que se encontram, crenças alimentares, exames bioquímicos e histórico de doenças. Se cada indivíduo é único, possui um DNA e os nutrientes interagem com os genes, proteínas e metabólitos, como pode existir um único alimento e/ou suplemento capaz de melhorar a fertilidade?
Já a intervenção nutricional terapêutica, com foco no perfil metabólico, estilo de vida e variações genéticas, faz com que as condutas sejam mais assertivas, as prescrições individualizadas e a fertilidade potencializada através de correções metabólicas e nutricionais, contribuindo para uma maior chance de resultados positivos nos tratamentos de reprodução humana assistida.
