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Preciso fazer uma FIV, por onde começar a pensar financeiramente?

Acabei de descobrir que preciso fazer um tratamento para engravidar, por onde começar?

Muitas vezes esse momento é desesperador! Mas espera aí, como assim eu vou ter que desembolsar um dinheiro que não tenho, para realizar meu sonho de ser mãe? A primeira frustração é descobrir a infertilidade, e a segunda é receber o valor do tratamento!

Mas, eu tenho uma boa notícia: “CALMA, você não está sozinha”! Eu sempre falo para minhas alunas que, apesar do momento ser delicado e cheio de incertezas, precisamos manter o foco e pensar em uma estratégia. Por isso, dou algumas dicas para ajustar seu momento financeiro e seguir em frente da melhor forma:

1 – DIÁLOGO 

É muito comum eu ouvir coisas do tipo: “Mas, meu marido não entende e não quer gastar dinheiro com isso”!, “Minha esposa tem compulsão por compras e agora parece que piorou”!, “Meu parceiro não me ajuda a guardar dinheiro para o tratamento”. É extremamente importante que você e seu parceiro ou parceira, tenham os mesmos objetivos e planos neste momento.

Sentem e conversem sobre os próximos passos. Discutam sobre prioridades, o que é importante para um e para outro, onde vão focar toda a energia e os recursos financeiros, e entendam a posição de cada lado. Estar em sintonia e em busca do mesmo objetivo, já é 50% do caminho a ser percorrido!

 

2 – VALOR DO TRATAMENTO

É bem comum mulheres dizerem que não podem esperar para realizar o tratamento, e isso também é um fator muito importante na tomada de decisão. Para montarmos uma estratégia financeira para este projeto, você precisa saber quanto ele vai custar. Por isso, neste momento, faça orçamentos e identifique qual valor de tratamento você precisa e quanto tempo ainda possui para realizá-lo.

3 – RAIO X FINANCEIRO

Agora, é hora de fazer contas. Sentem juntos e mapeiem o quanto cada um ganha e o quanto cada um gasta. Ao final, leia o resultado de vocês:

  1. Gastando mais do que ganham
  2. Gastando tudo o que ganham
  3. Gastando menos do que ganham

Não preciso nem falar que a melhor opção é a letra C, e se este for o seu caso, veja qual a capacidade de poupança vocês têm em 12 meses. Se for suficiente para pagar o tratamento, sigam o plano. Mas, se não for, verifique o que podem substituir ou cortar para guardar mais dinheiro para o tratamento.

Porém, se seu caso é letras A ou B, é necessário detalhar o orçamento de vocês. Ou seja, montar uma planilha detalhada com todas as entradas e todos os gastos, e desta forma identificar onde poderão fazer ajustes para incluir este projeto.

4 – TOMADA DE DECISÃO

Com base em tudo o que levantamos acima, é neste momento que você vai conseguir tomar algum tipo de decisão. Se vai aguardar para realizar o tratamento, se vai recorrer a algum tipo de empréstimo ou parcelamento, se vai tentar outra clínica ou até outro tipo de alternativa para realizar o sonho da maternidade. Eu gosto muito de destacar que com clareza da capacidade financeira do casal e com sintonia do que querem daqui pra frente, a negociação e a tomada de decisão tornam-se muito mais eficazes.

O dinheiro não pode ser mais uma preocupação nesta jornada, ele tem e DEVE ser a solução. Protelar, não buscar informações, tomar decisões baseadas em “achismos”, não te aproximará do seu tratamento. Por isso, encare este pilar financeiro com sabedoria e siga as dicas que passei aqui. E lembre-se, o planejamento financeiro é para sua vida toda, pois como costumo dizer: há vida pós tratamento, os projetos e os sonhos a serem realizados com seu filho em família continuarão existindo e muito possivelmente precisará de dinheiro!

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