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Como funciona a produção independente feminina?

Tudo começa com a avaliação de um especialista em reprodução humana. Inicialmente, deve ser realizada averiguação do potencial reprodutivo, que inclui informações clínicas, laboratoriais (dosagem do hormônio antimulleriano, entre outros) e ultrassonográficas (contagem dos folículos ovarianos e avaliação da anatomia uterina). Com essas informações, é possível fazer o aconselhamento sobre as taxas de sucesso em função da reserva ovariana/idade da mulher e verificar qual tipo de tratamento é o mais adequado para cada caso. Em algumas situações, outros exames, como avaliação da permeabilidade das trompas, poderão ser necessários para a definição terapêutica.

No caso da produção independente feminina, há duas opções: inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV). Antes de iniciar o tratamento, é necessário adquirir a amostra do sêmen do doador. Há duas opções de bancos de sêmen: o nacional e internacional.

Inseminação artificial

Consiste na colocação de espermatozoides móveis na cavidade do útero no período da ovulação. Como pré-requisito para essa técnica, a mulher necessita realizar algum exame que confirme a permeabilidade tubária. Isso porque a fecundação (união do óvulo com o espermatozoide para a formação do embrião) ocorre dentro do organismo da mulher, na trompa uterina. Se as trompas forem obstruídas, a FIV (fertilização in vitro) deverá ser o tratamento de escolha.

Fertilização in vitro (ICSI)

A outra técnica utilizada no caso de produção independente feminina é a FIV. Nesse procedimento, a fertilização do óvulo pelo espermatozoide ocorre no laboratório, e o embrião é transferido para a cavidade do útero. Nesse processo, não há necessidade da trompa para engravidar, por isso esse é o tratamento de escolha em mulheres com obstrução tubária bilateral.

E a produção independente masculina, quais suas particularidades?

No caso dos homens que querem constituir família sozinhos, a FIV é o tratamento de escolha. O passo a passo da FIV não é diferente em relação aos casais com infertilidade que recorrem a ela, mas há duas particularidades para os futuros papais que vão trilhar a produção independente.

Recepção de óvulos doados

É necessário recorrer a um banco de óvulos de doadoras anônimas. Nesses casos, é possível escolher óvulos de mulheres brasileiras ou de bancos internacionais.

Barriga solidária 

Com a nova medida, é necessário agora que a mulher que venha a empresatr o útero tenha, pelo menos, um filho vivo. Nessa opção, torna-se necessário ainda que uma parente de até quarto grau (mãe, irmã, filha, sobrinha, tia ou prima) receba o embrião e faça o pré-natal do bebê gerado a partir do espermatozoide do “papai independente” e do óvulo da doadora. Nesse caso, todos os envolvidos precisam de avaliação psicológica, e o pai biológico tem que garantir o seguimento médico durante a gravidez, o parto e após os primeiros meses do nascimento. Essa técnica também é utilizada para casais homoafetivos masculinos terem seus bebês.

*Colaborou como fonte neste texto o Centro de Fertilidade de Ribeirão Preto.