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O que é

– É a doação de óvulos por mulheres até 37 anos para mulheres que não produzem mais óvulos em quantidade ou qualidade suficientes para formar embriões viáveis.

– Dessa forma, o tratamento de fertilização in vitro é realizado com gametas femininos doados (óvulos), com 50% a 60% de chance de gravidez. É permitida doação voluntária de gametas, bem como a situação identificada como doação compartilhada de óvulos em reprodução assistida, em que doadora e receptora, participando como portadoras de problemas de reprodução, compartilham tanto do material biológico quanto dos custos financeiros que envolvem o procedimento. A doadora tem preferência sobre o material biológico que será produzido.

– A escolha da doadora de óvulos é de responsabilidade do médico assistente. Dentro do possível, deverá garantir que a doadora tenha maior semelhança fenotípica com a receptora;

– A doação de gametas e embriões no Brasil segue as normas definidas pelo Conselho Federal de medicina que inclui, mas não é limitada à:

* Doação de óvulos não pode ter fim comercial;

* Idade limite para a doação de óvulos é de 37 anos;

* Sigilo e confidencialidade sobre a identidade das doadoras ou receptoras de óvulos, sendo de responsabilidade do médico escolhido pela paciente designar os óvulos da doadora com maior semelhança fenotipica possível, exceto na doação de gametas para parentesco de até 4º grau de um dos receptores, desde que não incorra em consanguinidade.

Para quem é indicado

1 - Mulheres com

– Baixa qualidade ovular; 

– Menopausa ou falência ovariana prematura; 

– Fertilidade impactada por doenças e eventuais tratamentos relacionados a elas (câncer, quimio e ou radioterapia, endometriose, etc…);

– Fatores genéticos. 

2 – Casais homoafetivos masculinos
3 – Homens que queiram fazer produção independente
Você não está sozinha

– 10% a 15% da população infértil com indicação de FIV, precisa de óvulos doados em seu tratamento;

– Esse número é mais expressivo com o avançar da idade, concentrando-se de maneira mais marcante entre os 35 e 45 anos de idade;

– Em grande parte das vezes, entre as mulheres que já passaram por falhas de tratamentos;

– Felizmente, por outro lado, a doação de óvulos representa a tática de maior sucesso em tratamentos de reprodução assistida.

4 – Transgêneros
5 – Casais homoafetivos femininos

Etapas do tratamento

- Encontre um especialista

Procure um especialista em reprodução humana e entenda se a ovodoação é indicada para você.

- Entenda o que é

Se familiarize com o processo e com a legislação vigente.

- Busque apoio
Se possível, converse com pessoas que tenham problemas semelhantes e profissionais familiarizados com o tema (essa etapa é fundamental para o processo de aceitação do tratamento). 
- Banco de óvulos
Escolha o serviço de reprodução humana que te apoiará no processo de tratamento e seleção do perfil da doadora, mantendo o que é recomendado pelo CFM e Anvisa. Mas que, acima de tudo, individualize a seleção do perfil utilizando o ferramental tecnológico para que esse processo seja mais assertivo. Também existe a possibilidade de adquirir óvulos de bancos nacionais e internacionais, , que são transportados de forma segura para a clínica onde a receptora dos óvulos estiver fazendo tratamento.
- Fertilização
Após a disponibilização de doadora no perfil adequado ao seu, o próximo passo é a fertilização dos óvulos, que pode acontecer a fresco (no momento da coleta dos óvulos) ou após o seu descongelamento. É importante salientar que ambos apresentam taxa de sucesso similares. Esses óvulos serão fertilizados em laboratório com o sêmen do seu parceiro ou doador. Novamente, é importante selecionar um serviço que te traga o aparato técnico e tecnológico de melhor qualidade.
- Embriões
Os embriões formados podem ser transferidos ou congelados para transferência em momento oportuno. Outra mudança diz respeito à relação de embriões a serem transferidos de acordo com a idade. Mulheres com até 37 anos podem fazer transferência de até dois embriões e, acima dessa idade, até três embriões.  Quanto ao congelamento, também chamado de Criopreservação, o número total de embriões gerados em laboratório não poderá exceder a oito. 
- Preparo do útero

Esse preparo é simples, exige medicação, em grande maioria, por via oral e vaginal, sem a necessidade do uso de injeções.

Em caso de homens ou casais homoafetivos masculinos, que precisarão de uma mulher para gestar o seu filho (útero de substituição), o preparo deve ser o mesmo.

- A transferência

Realizada de forma não invasiva por via vaginal, é muito semelhante à realização de um exame ginecológico.

- Confirmação da gestação

Para confirmar a gravidez, realiza-se um teste entre 10 a 12 dias após a transferência. E a evolução à gravidez é confirmada através de um ultrassom transvaginal, cerca de um mês após o procedimento. É importante frisar que é fundamental e ideal um acompanhamento multidisciplinar médico, enfermagem, embriologia, além de apoio nutricional e psicológico. Vale destacar ainda que a ovodoação no Brasil, assim como a fertilização in vitro, não possui lei específica, apenas Resolução do Conselho Federal de Medicina.

*Colaborou como fonte neste texto a médica Thais Domingues Cury, especialista em reprodução assistida.