Sempre tive o desejo de ser médico. É muito comum em famílias de médicos que os filhos sigam os passos dos pais, mas, no meu caso, meu pai foi engenheiro e minha mãe professora de piano. Sou o primeiro médico da minha família. Após residência Médica em Ginecologia-Obstetrícia e especialização em Ultrassonografia iniciei minhas atividades no consultório particular. A identificação com os casais que tinham dificuldade para engravidar vieram naturalmente. Medicina é uma profissão muito gratificante: poder fazer a diferença na vida das pessoas é muito especial! Mas tenho comigo que propiciar a casais com problemas de fertilidade a experiência da gravidez que parecia impossível, é uma realização maior. Proporciona a incrível sensação do trabalho bem realizado. As noites não dormidas, os passeios abdicados, os períodos de estudo, aperfeiçoamento e trabalho são imediatamente transformados em recompensa. De certa forma, nos torna “parte” dessas famílias, dando mais vida às nossas vidas. “Doutor Cegonha” foi um apelido dado por um casal certa vez. Carinhosamente foi adotado desde então, pois foi daqueles apelidos que “pegam”. Mas sinto também que ele representa minha verdadeira missão – acolher aos casais, diagnosticar os problemas de infertilidade e conduzir o tratamento gerando novas famílias.
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