A ovulação é um processo natural e fisiológico que ocorre em todas as mulheres. Ao longo de um ciclo menstrual acontece uma diferente variação hormonal em cada fase, mas você sabe o que os ciclos têm em comum? Todos iniciam com o recrutamento de folículos pré-antrais, essenciais para que aconteça a fertilização. Com o passar dos dias, eles se diferenciam até formar um folículo dominante. Este, por sua vez, será maturado e posteriormente atingirá seu ápice de tamanho. Com o pico de LH decorre a ovulação, que é o processo de liberação do óvulo do folículo.
Porém, essa sistemática nem sempre transcorre dessa maneira. Diversos motivos como hipotireoidismo, hiperprolactinemia, hipogonadismo e hipogonadotrofico podem interferir. Para evitar esse problema, podemos criar um ciclo mais eficaz através da estimulação com hormônios orais ou injetáveis, visando, assim, estimular os próprios ovários a ovularem com mais de um folículo (buscando sempre o potencial de cada organismo). Para tratamentos como coito programado ou inseminação, buscamos de um a três folículos para otimizar as chances de gravidez. Já em um tratamento de fertilização in vitro, os óvulos podem ser obtidos em um número maior para melhorar a taxa de sucesso. Esses óvulos serão fertilizados com espermatozoide, esperando, dessa forma, que gere um embrião e, posteriormente, programamos a transferência.
Vale lembrar que recentemente foi aprovada a lei de fertilização de oito óvulos por ciclo. O que isso significa? Que em um tratamento com um número excedente de óvulos, eles poderão ser congelados e utilizados em um segundo momento. Independente da forma de estimulação ovariana, sempre aconselhamos que seja realizado por um profissional capacitado, além do controle por ecografias e avaliação hormonal. Deste modo, evita-se a exposição de risco da paciente bem como gemelaridade.